Revista: A’A’ – L’ARCHITECTURE D’AUJOURD’HUI
País de Origem: França. Temática: Arquitetura e Urbanismo.
Tipo de Edição: Bimestral. Preço: 25 euros (aproximadamente 75 reais).
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Reportagem da edição – Jan/ Fev 2013 – Páginas 72 à 75;
Construção / Obra: ON SPACE TIME FOAM (Na Espuma Espaço Temporal);
Tipologia da Construção / Obra: Instalação;
Arquiteto / Artista: Tomás Saraceno;
Local da Instalação: Hangar Bicocca
As instalações de Tomás Saraceno estimulam nossas percepções quanto ao espaço e a gravidade. Ele procura inserir o ser humano, “criador de toda arquitetura” em situações inusitadas onde se estimula indiretamente a comparação e a contextualização do homem ao espaço aonde o mesmo encontra-se inserido.
Dentre suas ultimas produções está a “On Space Time Foam” (Na Espuma Espaço Temporal), situada na fundação Hangar Bicocca, um espaço expositivo em Milão.
“Há uma necessidade de sonhadores que podem pensar e pensadores que podem sonhar. A resposta não será embalada organizadamente como um projeto de uma construção customizada. Será uma nova forma de ver”.
Em exibição até 3 de Fevereiro no Hangar Bicocca, em Milão, o “On Space Time Foam” uma arte suspensa exibida pelo estúdio Tomás Saraceno é composta por uma superfície transparente acessível aos visitantes, suspensa há 10 metros de altura e coberta por 400 metros quadrados em 3 camadas, num total de 1.200 metros quadrados. Conhecidos por suas estruturas surpreendentes, que inserem o público em uma extraordinária experiência espacial e emocionante, onde a grande e macia camada flutuante recebe os visitantes que se encontrarão em uma situação de movimentação pelo ar entre o chão e o teto, o chão e o céu, e os implica em perder as coordenadas espaciais, se perdendo no espaço aonde estão.
Também há a possibilidade de envolvimento do público que se situa sob a estrutura na apreciação da instalação e das pessoas envolvidas e ativas na mesma.
Este trabalho envolve criatividade e pesquisas científicas para que se tornasse possível a interação das técnicas e experiências de um vasto campo de conhecimento. Com esta estrutura esticada, calculada por arquitetos e engenheiros da MIT, este artista e arquiteto argentino proporciona a seu público a sensação de estar voando e graças também a um suporte desenvolvido pela Pirelli. “On Space Time Foam” é uma estrutura composta por três níveis de um laminado fino e transparente adequado entre as quatro paredes do “Cubo” no HangarBicocca.
Esta instalação transforma a arquitetura em um organismo vivo, que agradece por respirar através dos movimentos daqueles que o cruzam, visualizando a infinidade de relações que nos amarram no espaço. Assim como explica o artista, “esta lâmina constitui o centro vivo do HangarBicocca que é constantemente alterado pelo clima e os simples movimentos das pessoas. Cada passo, cada respiração, modifica todo o espaço”, sendo esta uma metáfora para como nossas inter-relações afetam o planeta, os ambientes e todos presentes neste mesmo universo.
CASA DE OPERA DE OSLO (NORUEGA)
Ficha técnica: Finalista para o Prêmio Mies van der Rohe 2009
Localização: Bjørvika, no centro de Oslo, Noruega
Projeto: Escritório Snohetta
Área Total: 38.500 m² com 1,100 salas
Preço: 750 milhões de dólares (cerca de 20.000 dólares / m2).
Cliente: Ministério para Assuntos Culturais e Religiosos
Início da Construção: 2004
Conclusão: 2007
Estruturas: Reinertsen Engineering ANS
Projeto Cenotécnico: Theatre Project Consultants
Acústica: Brekke Strand Akustikk, Arup Acoustic
Artistas: Kristian Blystad, Kalle Grude, Jorunn Sannes, Astrid Løvaas og Kirsten Wagle
Norwegian National Opera and Ballet, a maior instituição de música e teatro do país.
O prédio emerge desde o mar até o centro de Oslo, um marco futurista da arquitetura foi projetada pelo estúdio de arquitetura norueguesa Snøhetta (http://www.snoarc.no/), o qual também projetou outras obras como a biblioteca em Alexandria e a Embaixada da Noruega em Berlim.
A construção foi inspirada em um tímpano que emerge do mar e se caracteriza por sua superfície revestida de mármore e uma enorme fachada de cristal com painéis solares.
A base da Casa de Ópera equivale ao tamanho de quatro campos de futebol de tamanho padrão internacionalmente.
Um dos arquitetos responsáveis, Craig Dykers, destaca que a Ópera é um monumento que procura envolver os visitantes e ocupantes não apenas como objeto arquitetônico, mas também como proposta urbanística: “trata-se de um monumento social, uma experiência holística, em que a memória do objeto inclui a jornada, tanto quanto o destino”.
O exterior do setor da nova Ópera norueguesa esta revestido de 450 m2 de cristal, dos quais 300 m2 esta cobertos de paneis solares, que gerará 20.618 kilowatt-hora cada ano, que é equivalente ao consumo energético anual de uma família norueguesa. É a primeira Casa de Ópera do mundo a qual os visitantes poderão passear sobre o teto. É o maior projeto de construção no âmbito da cultura dos tempos modernos na Noruega. Durou cinco anos (de 2004 a 2008) para terminar essa obra na beira da baía de Bjørvika.
A área principal da Casa de Ópera consiste em um amplo espaço aberto, com uma decoração minimalista e uso de materiais simples como pedra, concreto, cristal e madeira. Em contrapartida, a área oferece inúmeras possibilidades de iluminação e a vista dos arredores. Dispões de área de descanso, cafés, bares, restaurantes e guarda-volumes.
O auditório principal é construído como uma ferradura clássica em vários níveis, com um teto alto que gerará o acústico de uma maneira natural. Também aqui o ambiente está determinado pelos materiais sensíveis como madeira.
Tecnicamente avançada, o auditório principal, que é um dos mais tecnológicos do mundo, oferece uma ótima flexibilidade cenográfica. A área do palco cobre mais do que mil metros quadrados e consiste, além do palco principal e do palco giratório, dois palcos laterais, palcos traseiros e um subpalco. Partes dos palcos estão situadas a 16 metros abaixo do nível do mar.
O salão principal, é constituído de : platéia, fosso de orquestra e palco. Do teto o maior candelabro da Noruega. Tem 7 metros de diâmetro, pesa 8 toneladas e tem mais de 8000 diodos luminosos e 5800 elementos de cristal e vidro. A enorme construção luminosa foi desenhada pelo Snøhetta e produzida pela fábrica de vidro Hadeland. O candelabro de luzes cumple tambem uma função acústica no auditorio principal.
Usando dimmers, os módulos podem variar a intensidade luminosa individualmente o que proporciona diversas cenas e climas ao espaço todo. Por estar instalado a 16 metros do chão, eles conseguiram chegar a 300 lux no nível do chão. Isto facilita também o trabalho com a luz para gerar as cenas.
Executando seu trabalho nos distritos da Cidade do Cabo, na África do Sul, Carin Smuts desenvolveu uma participação e uma aproximação social. O trabalho dela como intermediária em benefício das interações humanas, num país onde ainda está presente a violência. Construída baseada nos sonhos dos habitantes, sua arquitetura se mostra como uma forma de emancipação.
“Ideias coletivas são mais valiosas, mais generosas”
A arquitetura do CS Studio defende algumas ideias de poderosas, de grande atuação, dando a possibilidade de classificar como uma arquitetura de significado.
Ela acredita que se voltar nas origens das tradições de qualquer local do mundo, pode-se observar que as interações sociais acontecem nos povoados. Em vilas tradicionais sul-africanas, pessoas costumavam a dormir dentro de cabanas, porém todas as outras atividades eram feitas do lado de fora, a céu aberto. Se observarmos as instalações informais, pode-se também estabelecer a mesma relação. Isso estabelece um conceito intrigante. Como estabelecemos relações sociais através da arquitetura? A resposta é notavelmente encontrada nos povoados, que são locais de troca mútua e natural.
A sociedade moderna encoraja o isolamento, confinando as pessoas em uma caixa. Deixar outras pessoas entrar pela porta da frente de suas casas é uma completa contradição com o desejo de espaços sociais satisfatórios. Além disso, este problema está ligado com a segurança em espaços públicos. Porque nestes espaços as pessoas assistem umas as outras e nada acontece.
Os conceitos de isolamento refletem na arquitetura, assim como os de coletividade impulsionam o convívio e crescimento social.
A arquiteta cria escolas, galpões de arte, praças e locais de convívio social.
Pontos Positivos sobre a revista:
– Grade parte das páginas são dedicadas a parte gráfica. Com fotos grandes que muitas vezes tomam mais de 50% das páginas.
– Elabora explicação em texto dos projetos.
– Fácil separação dos textos em francês e inglês com fácil identificação gráfica (francês em preto e inglês em cinza)
Pontos Negativos sobre a revista:
– Falta de desenhos arquitetônicos dos projetos, como plantas, cortes e elevações.
– Grandes espaços em branco nas “caixas de texto”, que possuem fonte muito pequena; ou seja, a fonte poderia ser maior, já que há espaço para isso.
Por Rafael Toledo e Rodolpho Rodrigues