Parede Habitável como Elemento Sensorial na Arquitetura contemporânea.

Explorando a Dimensão Poética da Arquitetura: Paredes Habitáveis, Sensações e Identidade.

A arquitetura transcende a mera função de dividir espaços quando adentramos o conceito de “paredes habitáveis”. Essas não são apenas barreiras físicas, mas narrativas espaciais que desafiam a rigidez tradicional das estruturas arquitetônicas. Elas se tornam uma expressão poética da interação entre forma e função, convidando os ocupantes a uma interação mais significativa com o ambiente construído.

Pezo Von Ellrichshausen e a Estética Sensorial: No universo de Pezo Von Ellrichshausen, renomado por sua abordagem única, a estética minimalista e a clareza conceitual não são apenas características visuais. Elas representam uma busca pela simplificação da experiência sensorial. A manipulação cuidadosa da luz, a exploração da escala e proximidade, e o diálogo harmônico com o entorno natural contribuem para uma experiência sensorial completa. O respeito pela materialidade e a busca pelo sentido na vida cotidiana acrescentam camadas significativas à arquitetura, transformando-a em uma exploração meticulosa da relação sensorial.

Mateus Aires e a Identidade no Espaço: Contrastando com essa estética, a abordagem de Mateus Aires na criação de espaços habitáveis como extensão do eu reflete uma profunda conexão entre arquitetura e identidade individual. Suas criações vão além da estética convencional, valorizando não apenas a funcionalidade, mas também a privacidade e o conforto emocional. As paredes se tornam telas em branco, contando histórias pessoais e representando a singularidade dos ocupantes.

Relação Sensorial e Habitar: No âmbito da “Relação Sensorial e Habitar”, exploramos os “Sentidos Psicológicos” como construção ativa da mente humana na percepção do espaço habitável. A influência das escolhas de design, cores, luz, texturas e acústica na moldagem da experiência psicológica revela uma busca por ambientes que vão além do físico, proporcionando uma experiência sensorial profunda e significativa.

A Filosofia de Pezo Von Ellrichshausen: Pezo Von Ellrichshausen não apenas cria espaços, mas questiona a própria existência por meio da arquitetura. Seus projetos convidam à introspecção, exploram a simplicidade e a essência, dialogam com o entorno natural, consideram o tempo e o ritmo, e projetam áreas específicas para contemplação. Cada elemento é uma peça em uma narrativa que vai além da funcionalidade, alcançando uma dimensão filosófica e profunda na busca pelo sentido na vida cotidiana.

Explorando a Individualidade com Mateus Aires: Já a abordagem de Mateus Aires visa criar ambientes que se tornem verdadeiras expressões da personalidade e estilo de vida dos residentes. As paredes não são apenas divisórias físicas, mas elementos que contam histórias, exibindo arte pessoal, fotografias, ou elementos que representem os interesses e paixões dos moradores. A busca por ambientes intimistas sugere a valorização da privacidade e do conforto emocional, transcendendo a estética convencional para um nível mais subjetivo e emocional na concepção de ambientes habitáveis.

Tente “meditar” alguns segundos sobre o que essas imagens representa para você:

A REDESENHA DA PERMANÊNCIA: UMA FORMA DE INSTRUMENTALIZAÇÃO EM 5 PROJETOS DE AIRES MATEUS/2014.

Poli House, Coliumo

Pezo von Ellrichshausen 

Na minha percepção pessoal, essas imagens representa a verdadeira essência da “Parede Habitável como um elemento”.

Relação com o Entorno Natural: Ambos os arquitetos, cada um à sua maneira, estabelecem um diálogo único com o entorno natural. Enquanto Pezo Von Ellrichshausen integra-se cuidadosamente à paisagem, considerando materiais que se harmonizam, Mateus Aires utiliza a arquitetura como uma extensão do eu, criando ambientes intimistas que convidam à contemplação da natureza como parte ativa da experiência diária.

Sensações Psicológicas e Percepção Espacial: A “Relação Sensorial e Habitar” desvenda as complexidades da percepção espacial, explorando como as escolhas de design, cores, luz, texturas e acústica moldam nossa experiência psicológica. A arquitetura, quando bem concebida, pode influenciar o humor, a cognição e a sensação de pertencimento, proporcionando uma experiência sensorial intrincada.

Arquitetura Além do Físico: A busca pela essência na vida cotidiana, como proposta por Pezo Von Ellrichshausen, vai além da estética convencional. Criar espaços que convidam à reflexão, exploram a simplicidade e a essência, e consideram o tempo como uma ferramenta para a reflexão existencial, redefine a arquitetura como uma disciplina filosófica que transcende os limites físicos.

Refúgios de Identidade: Já a arquitetura de Mateus Aires vai além do físico, transformando espaços em verdadeiros refúgios que celebram a singularidade e a identidade dos ocupantes. A valorização da privacidade, a escolha de materiais que ressoem com emoções pessoais e a criação de ambientes que nutrem a alma representam uma abordagem que transcende a funcionalidade convencional.

Considerações Finais: Esses dois arquitetos, Pezo Von Ellrichshausen e Mateus Aires, representam abordagens distintas e complementares à arquitetura. Enquanto um busca a essência e a filosofia na simplicidade, o outro celebra a individualidade e a identidade em ambientes que vão além do físico. Ambos convergem na ideia de que a arquitetura é mais do que uma construção; é uma experiência sensorial profunda que influencia e é influenciada pelos intrincados mecanismos psicológicos que moldam nossa percepção do espaço habitável.

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